Em 1950, Adolfo Dodô Nascimento e Osmar Álvares Macêdo, mais conhecidos como Dodô e Osmar, respectivamente, criaram a Fobica, um calhambeque
aberto adaptado para apresentações musicais na qual decidiram sair
pelas ruas de Salvador com um motorista, para tocarem suas músicas e a
partir daí o trio elétrico nasceu. Em 1952, o termo trio elétrico tornou-se genérico, em referência a um caminhão ou um ônibus que transportava os dois músicos ao redor das ruas durante o carnaval baiano. Em 1969, a canção de Caetano Veloso,
chamada “Atrás do trio elétrico” acabou por popularizar o som do trio
elétrico em todo o país. Hoje, a presença de caminhões de trio elétrico é
uma das principais atrações do Carnaval da Bahia.
O Carnaval de Salvador, ou imprecisamente Carnaval da Bahia, é uma festa popular de rua que é organizada anualmente em Salvador, no estado brasileiro da Bahia. Começou a evoluir a partir da diferença entre as classes sociais
- carnaval de rua contra carnaval em clubes privados - resultando em
uma inversão da ordem social, tornando uma celebração utópica de
igualdade em que a divisão social está temporariamente suspensa. O Carnaval de Salvador começa 6 dias antes da quarta-feira de cinzas ou numa noite de quinta-feira. Em 2005, foi considerado o maior carnaval de rua do mundo pelo Guinness Book. Os foliões festejam em três principais circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande-Avenida Sete) e Batatinha (Centro Histórico). Em 2013, foi criado o Afródromo, dedicado exclusivamente aos blocos afros e afoxés e formará um novo
circuito no carnaval soteroplitano a partir de 2014, partindo do bairro
do Comércio. Há também Carnaval nos bairros da cidade como em Cajazeiras, Itapuã, Periperi, Plataforma e Pau da Lima. Durante o evento, dezenas de cantores famosos desfilam nos trios elétricos, caminhões grandes, com luzes e som, acima do qual os artistas cantam e dançam . Dentre eles, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Asa de Águia, etc. Também tem os tradicionais blocos carnavalescos como o Olodum, Timbalada, Filhos de Gandhy e Ilê Aiyê. Cerca de dois milhões de pessoas participam das festividades anuais que duram quase uma semana, mergulhando na música e na dança. Durante dezesseis horas por dia a cultura popular brasileira atinge a sua máxima expressão e economia local e Salvador recebe um impulso de proporções inequívocas.
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